domingo, 6 de dezembro de 2009

Lebiste Selvagem

O lebiste (também conhecido por guppy) é um peixe de água doce muito popular. Qualquer loja de aquarismo tem ao menos um exemplar a venda. Sempre muito colorido e ativo, muitas vezes, é a primeira espécie de peixe que os iniciantes no aquarismo começam a criar. E não foi diferente comigo!
Foto de um casal de lebistes comercializado em loja (o macho é o mais colorido):

Foto: Dusko Bojic

Diferentemente do lebiste que encontramos nas lojas, o lebiste selvagem não apresenta uma cauda tão vistosa e colorida. São mais resistentes aos parâmetros da água e as doenças, além de que se pode encontrá-los praticamente em qualquer riacho, ou mesmo em uma valeta de rua!
Os lebistes selvagens tem o mesmo nome científico que os lebistes "de marca": Poecilia reticulata. Mas são conhecidos mesmo pelos nomes populares: barrigudinho, guaru, guaruzinho.
São uma máquina de fazer filhotes! Como são ovovíparos, os alevinos (filhotes) já saem da mãe nadando e procurando um abrigo, pois são presas fáceis para os lebistes maiores. Como são encontrados em diferentes tipos e condições de água, não se sabe ao certo qual PH é o ideal para eles, contudo, acredita-se que não deve ser muito diferente de um lebiste comercializado em loja, o qual é mantido em PH por volta de 7,2.
Segue umas fotos mais atuais de meus exemplares capturados na rua:




 

domingo, 29 de novembro de 2009

Peixe em valeta de rua?

Passeando pelas ruas de Peruíbe com minha esposa, vejo uma valeta alagada e repleta de seres que se pareciam muito com peixes. Pelo jeito que nadavam e pelo formato, eu tinha certeza que eram peixes.
Mas minha esposa e minha cunhada não acreditaram em mim, aliás, ninguém acreditou. Todos pensavam ser girinos. Bom, poderia até ser... Para tirar a dúvida de todos (menos a minha), voltei à valeta com meu cunhado, munido de: garrafa de refrigerante, pão e uma rede improvisada (feita com coador para café de papel e linha de pesca!).
A primeira tentativa foi jogar uns farelos de pão e atrair os pequenos seres para dentro da rede. Não funcionou. Aí veio uma grande idéia: meu cunhado ficava assustando os coitados de um lado da valeta, enquanto eu ficava esperando com a rede armada na outra ponta. Não quero nem pensar o que as pessoas que passavam imaginavam...
Com essa técnica avançada conseguimos pegar uns 5 indivíduos e, para a surpresa de todos (não minha), realmente eram peixes!
Levei para casa, montei um mini-aquário as pressas e pesquisei um pouco sobre o peixinho.
Pelas características eu sabia que se tratava de uma espécie de peixe ovovíparo, da família dos poecilídeos (molinésias, lebistes/guppy).
Pesquisando, constatei que são Lebistes Selvagens, também conhecido como Guarú (Guaruzinho) ou Barrigudinho.
Esses peixes são bem resistentes, sobrevivem em águas com pouca oxigenação e se alimentam de pequenas larvas e algas. Por conta dessas características, esse pequeno peixe é utilizado para controlar a propagação de mosquitos, principalmente os transmissores de doenças como a dengue. Eles são introduzidos em pequenos lagos, fontes etc.
Provavelmente, alguma inundação pelas chuvas trouxe alguns peixes para a valeta. Ou até mesmo algum pássaro pode ter deixado cair uma fêmea... pode acontecer! Afinal, esses peixinhos se reproduzem com extrema facilidade.
Algumas fotos:



O macho é o mais colorido, apesar de ainda não exibir todas suas cores, por conta da idade. Nessa foto ele ainda tem pouquíssimas cores. Depois vou postar umas fotos mais atualizadas, pois a cada dia que passa ele vai ganhando mais cor. A fêmea é maior que o macho e fica com apenas uma leve coloração, geralmente verde.
No total, estou com três fêmeas e um macho. Uma fêmea pulou do aquário e só fui perceber tarde demais.
Duas fêmeas estão para "dar a luz". Sim, esses peixinhos são ovovíparos, ou seja, os embriões se desenvolvem dentro de ovos que ficam armazenados no interior da fêmea, sendo expelidos quando estiverem completamente formados.
Em breve estarei com vários exemplares!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Andei meio sumido (um ano exatamente!) mas continuo por aqui. Neste post foi colocar um pequeno tutorial de como melhorar um pouco o cartucho biológica do filtro Atman modelo HF-0600 (tenho este no meu aquário).
Primeiro de tudo, segue a lista de materiais:
  • 1 pacotinho de anéis de cerâmica (a marca que você preferir);
  • cartucho biológico original (a que vem no filtro).


Lista de ferramentas:
  • Alicate de bico.


Depois de tudo reunido, mãos à obra!
Lave as cerâmicas com água do próprio aquário (fora dele!) ou água sem cloro. As cerâmicas novas vem com pó (da própria cerâmica) e é bom lavar.
Com ajuda do alicate de bico quebre os pinos exatamente como na foto (mantenha cinco pinos para cada anel):


O anel de cerâmica vai se encaixar ali, sem necessidade de cola para fixar. A própria pressão dos pinos fará o trabalho.



Continue quebrando os pinos, sempre observando qual a melhor disposição para as cerâmicas.


Depois de algum tempinho, eis o resultado:



Infelizmente o filtro não tem espaço suficiente para acomodar as cerâmicas dos dois lados do cartucho biológico. Quebre os pinos apenas de um lado, mantendo o cartucho com dois tipos de superfícies para acomodação das bactérias benéficas.
Para manutenção e limpeza, basta retirar o cartucho normalmente do filtro e lavar as cerâmicas com a própria água do aquário. Não é necessário retiras os anéis, basta chacoalhar o cartucho dentro de um recipiente com a água. Se quiser trocar alguns anéis que ficaram muito sujo, troque poucos por vez, com intervalos de uma semana pelo menos para não haver perda de bactérias.
O filtro Atman HF-0600 é muito bom, nunca me deu problema. Só o filtro biológico dele deixava a desejar. Mas agora está beleza!